PRESIDENTE DO CEE-PE PARTICIPA DE EVENTO PROMOVIDO PELO MUNICÍPIO DE FLORESTA

Nesta segunda-feira, (02), o presidente do Conselho Estadual de Educação de Pernambuco (CEE-PE), Antonio Henrique  Habib Carvalho representou o Conselho em um debate, promovido pelo município de Floresta, que abordou o tema “Os impactos da pandemia da Covid-19 na educação: desafios e superações”. O encontro virtual foi transmitido pelo canal da prefeitura municipal do município de Floresta no You Tube.  Participaram do evento, o ex-ministro de educação, professor Cristovam Buarque; Ana Elizabeth Novaes, diretora de ensino (mediadora), Rorró Maniçoba, prefeita do município; Beatriz  Numeriano, vice-prefeita ; professora Aparecida Novaes, secretária de educação; professora Ana Gleide de Souza, presidente da Associação das Instituições de Ensino Superior do Estado de Pernambuco (Assiespe); e Maria Helena Guimarães, presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE).

A professora Ana Elizabeth Novaes declarou em seu pronunciamento: “Todos os esforços movidos e todo  respeito que temos tido, enquanto gestão e secretaria de educação, se deve ao fato de que somos todos professores, todos amantes e comprometidos com a educação, exemplo disso é trazer para essa acolhida especial de hoje, os professores, Cristovam e Habib; para um diálogo necessário, no qual discutiremos as possibilidades para um ensino híbrido, assim como as diretrizes dadas pelo Conselho Nacional de Educação para a retomada das aulas presenciais, nesse segundo semestre de 2021”.

A vice-prefeita, Ana Beatriz Numeriano afirmou: “Acreditamos no papel transformador da educação; a pandemia nos impôs limites, mas iremos vencer, não é à toa que nosso lema é – Educar para vencer a pandemia”.

A prefeita, Rorró Maniçoba declarou: “Hoje está sendo dada a oportunidade para a construção de novos saberes, aproveitem e bons trabalhos”.

O professor Cristovam Buarque destacou que o vírus nos despertou para dois desafios: a desigualdade e o potencial da relação remota entre as pessoas. O professor ressaltou ainda, a necessidade de termos um sistema único de educação; a importância de preencher os buracos que vão ficar nas crianças, nos professores, nas construções; técnicas remotas para preencher os buracos cognitivos; atenção psicológica às crianças; buracos neurológicos , trazendo como consequência, o aumento de analfabetos funcionais em alguns anos; preencher o vazio nos nossos professores, acrescentando que o trabalho de dar aula, se perde se não há a prática e apresentou como sugestão, um fundo do BNDS para recuperar as escolas e um objetivo: “construir, no Brasil, um sistema educacional onde as nossas escolas estejam entre as melhores do mundo; onde tivermos uma escola nesse país, que a qualidade seja próxima, respeitando as especificidades de cada uma, em sua região; a educação é uma questão nacional, portanto a responsabilidade é federal”, acrescentou. O professor Cristovam finalizou seu pronunciamento destacando dois desafios: a igualdade por um sistema nacional de educação e a “aula” cinematográfica, para usar todo potencial da nova linguagem de imagens da teleinformática e as possibilidades do ensino remoto.

O presidente do CEE-PE, Antonio Habib agradeceu a todos a oportunidade de participação no debate e destacou, entre outros pontos: o Decreto Estadual nº 48.809, ressaltando que a suspensão das aulas, apesar de necessária, trouxe sérias consequências para os alunos diante do afastamento de seu ambiente escolar; evidenciou o cenário de desigualdade no âmbito da educação brasileira; a Resolução CEE/PE nº 3/2020, considerando que a Educação é um dos direitos humanos, com odos os seus consectários, a serviço público, nos termos do art. 205 da Constituição Federal; problemas trazidos com a suspensão das aulas como, a falta de recursos digitais, a dificuldade de aprendizagem dos alunos portadores de deficiência, o impacto da saúde mental em crianças e jovens, entre outros. O presidente também mencionou o Projeto de Resolução – Parecer 06/2021 do Conselho Nacional de Educação, que está aguardando promulgação e, para subsidiar o planejamento de retorno efetivo às aulas presenciais, o presidente ressaltou os seguintes aspectos: respeito aos protocolos sanitários locais e prioridade ao processo de profissionais de educação; reorganização dos calendários escolares, considerando a flexibilização dos 200 dias letivos; busca ativa de estudantes; avaliações diagnósticas para orientar a recuperação das aprendizagens; replanejamento curricular considerando o contínuo curricular 2020-2021-2022; manutenção das atividades remotas intercaladas com atividades presenciais, quando necessário; dentre outros. E como desafio de viabilizar o ensino e a aprendizagem em tempo de pandemia o presidente Habib pontou: ressignificar todo projeto pedagógico dos cursos e das séries, principalmente da educação infantil; mudar o formato das aulas de presencial para o ensino remoto; gravação de vídeoaulas e, no tocante ao professor da geração pandêmica: manter a mesma abordagem da sala de aula presencial; desigualdade social, acesso à informação via internet, acesso aos equipamentos; comprometimento das famílias.

Ao finalizar seu pronunciamento, o presidente Antonio Habib declarou: “Agradeço a oportunidade de podermos falar aqui da educação do nosso país; foi muito honroso poder dividir o espaço desse debate com todos vocês”.

Marta Alencastro – 05/08/2021 às 12:00